6 de março de 2008

Fome...sede...frio...sono...




Dá a surpresa de ser.

É alta, de um louro escuro.

Faz bem só pensar em ver

Seu corpo meio maduro.


Seus seios altos parecem

(Se ela estivesse deitada)

Dois montinhos que amanhecem

Sem ter que haver madrugada.


E a mão do seu braço branco

Assenta em palmo espalhado

Sobre a saliência do flanco

Do seu relêvo tapado.


Apetece como um barco.

Tem qualquer coisa de gomo.

Meu Deus, quando é que eu embarco?

Ó fome, quando é que eu como?


Fernando Pessoa....quem mais? :=)

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