...quanta verdade há...??
...nas palavras...no amor...na saudade...na vida...
16 de janeiro de 2018
Simplesmente Maria
6 de janeiro de 2016
O meu amor não cabe num poema
11 de abril de 2010
Adagio...
I don’t know where to find you
I don’t know how to reach you
I hear your voice in the wind
I feel you under my skin
Whithin my heart and my soul
I wait for you
Adagio
All of these nights without you
All of my dreams surround you
I see and I touch your face
I fall into your embrace
When the time is right, I know
You'll be in my arms
Adagio
I close my eyes and I find a way
No need for me to pray
I’ve walked so far
I've fought so hard
Nothing more to explain
I know all that remains
Is a piano that plays
If you know where to find me
If you know how to reach me
Before this light fades away
Before I run out of faith
Be the only man to say
That you'll hear my heart
That you'll give your life
Forever you'll stay
Don't let this light fade away
No No No No No
Don't let me run out of faith
Be the only man to say
That you believe,
Make me believe
You won't let go
Adagio
20 de janeiro de 2010
30 de dezembro de 2009
Desejo-te Tempo

14 de dezembro de 2009
Eu

Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
20 de novembro de 2009
Pudesse eu... ...

—e deitar-me na terra; e ter uma cama de pedra branca e
um cobertor de estrelas; e não ouvir senão o rumor das ervas
que despontam de noite, e os passos diminutos dos insectos,
e o canto do vento nos ciprestes; e não ter medo das sombras,
nem das aves negras nos meus braços de mármore,
nem de te ter perdido — não ter medo de nada.
Pudesse eu fechar os olhos neste instante e esquecer-me de tudo
—das tuas mãos tão frias quando estendi as minhas nessa noite;
de não teres dito a única palavra que me faria salvar-te, mesmo
deixando que eu perguntasse tudo; de teres insultado a vida
e chamado pela morte para me mostrares que o teu corpo
já tinha desistido, que ias matar-te em mim e que era tarde
para eu pensar em devolver-te os dias que roubara.
Pudesse eu cair num sono gelado como o teu e deixar de sentir a dor,
a dor incomparável de te ver acordado em tudo o que escrevi
—porque foi pelo poema que me amaste, o poema foi sempreo
que valeu a pena (o mais eram os gestos que não cabiam
nas mãos, os morangos a que o verão obrigou);
e pudesseeu deixar de escrever nesta manhã,
o dia treme na linhados telhados, a vida hesita tanto,
e pudesse eu morrer, mas ouço-te a respirar no meu poema.
Maria do Rosário Pedreira
13 de outubro de 2009
Quando eu morrer...
Maria do Rosário Pedreira
12 de outubro de 2009
Caminho pelo lado da rebentação das ondas
o litoral guarda segredo dos meus passos entre
as redes de sal trazidas pelos barcos
e o labirinto das algas ainda agora oferecidas à praia.
Sinto-me à mercê das falésias a riscar
o teu nome na areia; e é como se lentamente
pronunciasse um chamamento triste a que ninguém
acode. Fez-se tarde para os lamentos das sereias:
agora as marés dobam novelos de espuma à roda
dos meus pés, as águas já não transportam
a minha voz, a perder-se sobre as dunas
que os ventos vão desbastando devagar
ao cair da noite.
Tenho sempre medo que não voltes.
Maria do Rosário Pedreira
8 de setembro de 2009
Não adormeças...

Não adormeças: o vento ainda assobia no meu quarto
e a luz é fraca e treme e eu tenho medo
das sombras que desfilam pelas paredes como fantasmas
da casa e de tudo aquilo com que sonhes.
Não adormeças já. Diz-me outra vez do rio que palpitava
no coração da aldeia onde nasceste, da roupa que vinha
a cheirar a sonho e a musgo e ao trevo que nunca foi
de quatro folhas; e das ervas húmidas e chãs
com que em casa se cozinham perfumes que ainda hoje
te mordem os gestos e as palavras.
O meu corpo gela à míngua dos teus dedos, o sol vai
demorar-se a regressar. Há tempo para uma história
que eu não saiba e eu juro que, se não adormeceres,
serei tão leve que não hei-de pesar-te nunca na memória,
como na minha pesará para sempre a pedra do teu sono
se agora apenas me olhares de longe e adormeceres.
Maria do Rosário Pedreira
de A Casa e o Cheiro dos Livros
12 de junho de 2009
I believe I can fly

I used to think that I could not go on
And life was nothing but an awful song
But now I know the meaning of true love
I’m leaning on the everlasting arms
If I can see it, then I can do it
If I just believe it, there’s nothing to it
I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that opened door, I
Believe I can fly,
I believe I can fly, I believe I can fly,
See I was on the verge of breaking down
Sometimes silence can seem so loud
There are miracles in life I must achieve
But first I know it starts inside of me
If I can see it, then I can be it
If I just believe it, there’s nothing to it
I believe can fly,
I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe i can sour,
I see me running through that opened door
I believe i can fly
I believe i can fly, i believe i can fly
Hey, cuz I believe in me, oh
If I can see it, then I can do it
If I just believe it, there's nothing to it
I believe can fly,
I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can sour,
I see me running through that opened door
I believe I can fly
I believe I can fly, I believe I can fly
24 de março de 2009
Dorme meu Amor

Dorme, meu amor,
que o mundo já viu morrer mais este dia
e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega
o pior já passou há muito tempo;
e o vento amaciou;
e a minha mão desvia os passos do medo.
Dorme, meu amor
a morte está deitada sob o lençol da terra onde nasceste
e pode levantar-se como um pássaro assim que adormeceres.
Mas nada temas:
as suas asas de sombra não hão-de derrubar-me
eu já morri muitas vezes
e é ainda da vida que tenho mais medo.
Fecha os olhos agora e sossega
a porta está trancada;
e os fantasmas
da casa que o jardim devorou
andam perdidos nas brumas que lancei ao caminho.
Por isso, dorme, meu amor,
larga a tristeza à porta do meu corpo e nada temas:
eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão,
já olhei a morte debruçada nos espelhos
e estou aqui, de guarda aos pesadelos
a noite é um poema que conheço de cor
e vou cantar-to até adormeceres.
Maria do Rosário Pedreira
20 de fevereiro de 2009
Tudo o que vem de ti é um poema. . .

26 de janeiro de 2009
...deixei de ouvir-te...
4 de maio de 2008
Uma Rosa...
22 de março de 2008
Não tenhas medo do Amor

Pousa a tua mão devagar
sobre o peito da terra e sente respirar
no seu seio os nomes das coisas
que ali estão a crescer:
o linho e genciana; as ervilhas-de-cheiro
e as campainhas azuis; a menta perfumada para
as infusões do verão
e a teia de raízes de um pequeno loureiro
que se organiza como uma rede
de veias na confusão de um corpo.
A vida nunca
foi só Inverno, nunca foi só bruma e desamparo.
Se bem que chova ainda, não te importes: pousa a
tua mão devagar sobre o teu peito e ouve o clamor
da tempestade que faz ruir os muros:
explode no teu coração um amor-perfeito,
será doce o seu pólen na corola de um beijo,
não tenhas medo,
hão-de pedir-to quando chegar a primavera.
15 de março de 2008
...vieste como um barco...

feridas de espuma pelas ondas. Chegaste tão depressa
que nem pude aguardar-te ou prevenir-me; e só ficaste
o tempo de iludires a arquitectura fria do estaleiro
onde hoje me sentei a perguntar como foi que partiste,
se partiste,
que dentro de mim se acanham as certezas e
tu vais sempre ardendo, embora como um lume
de cera, lento e brando, que já não derrama calor.
Tenho os olhos azuis de tanto os ter lançado ao mar
o dia inteiro, como os pescadores fazem com as redes;
e não existe no mundo cegueira pior do que a minha:
o fio do horizonte começou ainda agora a oscilar,
exausto de me ver entre as mulheres que se passeiam
no cais como se transportassem no corpo o vaivém
dos barcos. Dizem-me os seus passos
que vale a pena esperar, porque as ondas acabam
sempre por quebrar-se junto das margens. Mas eu sei
que o meu mar está cercado de litorais, que é tarde
para quase tudo. Por isso, vou para casa
e aguardo os sonhos, pontuais como a noite.
Maria do Rosário Pedreira
12 de março de 2008
Tarde demais
Chegaste enfim! Milagre de endoidar!
Beijando a areia d’oiro dos desertos
E há cem anos que eu fui nova e linda!…
Florbela Espanca
8 de março de 2008
A vida

6 de março de 2008
Fome...sede...frio...sono...

5 de março de 2008
Conselho

2 de março de 2008
Tortura

25 de fevereiro de 2008
Fosse eu apenas...

Uma coisa existente sem viver,
Noite de Vida sem amanhecer
Entre as sirtes do meu dourado assomo....
Fada maliciosa ou incerto gnomo
Fadado houvesse de não pertencer
Meu intuito gloríola com Ter
A árvore do meu uso o único pomo...
Fosse eu uma metáfora somente
Escrita nalgum livro insubsistente
Dum poeta antigo, de alma em outras gamas,
Mas doente, e , num crepúsculo de espadas,
Morrendo entre bandeiras desfraldadas
Na última tarde de um império em chamas...
Fernando Pessoa
22 de fevereiro de 2008
...onde me doi...

uma flor a abrir-se lentamente
sobre a pele, a maravilha nunca
adivinhada de um mistério.
Esta é a tua vez de o desvendares
-paixão é uma palavra demasiado
antiga no meu corpo, já não sei a
última vez, a única vez.
Toca-me por isso devagar,
não me lembro da Primavera
que fez nascer a doença sobre a ferida,
não sinto o recorte da cicatriz
que o tempo pousou nela.
Agora chama-me ao
teu peito com as mãos, tal como a
chuva chama pelos narcisos sem
cessar, ano após ano; diz o meu
nome com os dedos a serem rios
que latejam no coração adormecido
de uma aldeia.
Não adivinhes
-lá, onde me doer, vou recordar-me.
19 de fevereiro de 2008
Foi um momento

Foi um momento
1 de fevereiro de 2008
Intervalo

Fernando Pessoa
Cancioneiro
26 de janeiro de 2008
O Amor

23 de janeiro de 2008
Diz-me o teu nome...

- agora, que perdi quase tudo,
um nome pode ser o princípio
de alguma coisa.
Escreve-o na minha mão
com os teus dedos - como as poeiras se
escrevem, irrequietas, nos caminhos e os
lobos mancham o lençol da neve com os
sinais da sua fome.
Sopra-mo no ouvido,
como a levares as palavras de um livro para
dentro de outro - assim conquista o vento
o tímpano das grutas e entra o bafo do verão
na casa fria.
E, antes de partires, pousa-o
nos meus lábios devagar: é um poema
açucarado que se derrete na boca e arde
como a primeira menta da infância.
Ninguém esquece um corpo que teve
nos braços um segundo - um nome sim.
Maria do Rosário Pedreira
19 de janeiro de 2008
O Adeus Final

e do vosso amor,
como um lago entre as montanhas.